POBRES gastam mais com remédios, e RICOS com plano de saúde; diz IBGE

Ainda que os gastos com saúde representem parcela semelhante das despesas de pobres e ricos, os mais pobres gastam mais com remédios e os mais ricos têm despesa maior com plano de saúde, mostram os dados da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) divulgados nesta sexta-feira (14) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Do total gasto com saúde, o peso de medicamentos era de 74,2% entre os 40% mais pobres e só de 33,6% para aqueles que estavam no topo da pirâmide --os 10% mais ricos. Já o plano de saúde tinha participação de apenas 7% no orçamento daqueles na base dos rendimentos, contra 42,3% para os mais ricos.

Ao todo, as despesas com saúde representavam 7,2% do orçamento do brasileiro em 2008-2009, pouco acima dos 7% de 2002-2003 e num nível de despesa inferior a gastos com habitação, alimentação e transporte, por exemplo.

Em valor, os desembolsos médios com saúde ficaram em R$ 153,81 no país. A cifra no Sudeste chegou a R$ 198,89. No Norte e Nordeste, se situaram em R$ 82,22 e R$ 93,15, respectivamente.

Os dados mostram ainda que os remédios e os planos ganharam participação na "conta-saúde" entre 2002-2003 e 2008-2009, em detrimentos aos hospitais e aos médicos particulares e dentistas.

Segundo o IBGE, o peso dos remédios nas despesas subiu de 44,9% para 48,6% e o dos planos, de 25,9% para 29,8%. Proporcionalmente, a maior perda foi do item consulta e tratamento dentário --de 9,3% em 2002-2003 para 4,7% em 2008-2009.

De acordo com o IBGE, a difusão de planos de saúde e dentários fez cair o peso dos dentistas particulares.

Fonte:
Folha de S. Paulo

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