Atividade física pode diminuir chances de hospitalização em até 15%
O exercício ajuda pessoas com insuficiência cardíaca a se sentirem melhor física e emocionalmente, mostra um novo estudo feito pelo North Shore-LIJ Plainview Hospital (EUA). Segundo os pesquisadores, cerca de 40% das pessoas com insuficiência cardíaca podem desenvolver depressão e esse grupo é duas vezes mais propenso a morrer ou ser hospitalizado se comparado a pessoas com insuficiência cardíaca e sem depressão.
A pesquisa foi publicada no Journal of the American Medical Association e acompanhou mais de 2.322 pacientes cardíacos estáveis, sendo que 28% deles apresentavam sintomas de depressão de clínica. Eles foram divididos em dois grupos: os que recebiam cuidados habituais para tratar a insuficiência, como medicamentos, e aqueles que além desses cuidados praticavam exercícios aeróbicos três vezes por semana durante 30 minutos - recomendação padrão para pacientes em reabilitação cardíaca.
Após três anos, os autores perceberam que os praticantes de atividade física eram 15% menos propensos a morrer ou serem hospitalizados por conta da insuficiência cardíaca, se comparados com o grupo que apenas seguia as orientações de rotina. Além disso, quanto mais intensos eram os sintomas de depressão, mais a pessoa se beneficiava com a prática de exercícios.
De acordo com os estudiosos, a atividade física deixou os pacientes mais motivados, melhorando o seu quadro clínico. Eles afirmam que pesquisas anteriores já mostravam o benefício dos exercícios para melhorar o desempenho cardiovascular e que esses novos resultados revelam a potência da atividade física para prevenir a depressão nesses pacientes.
Entenda como a insuficiência cardíaca surge e qual é o tratamento
Também chamada de insuficiência cardíaca congestiva (ICC), a insuficiência cardíaca é o enfraquecimento do músculo cardíaco, ou seja, o que dificulta o bombeamento de sangue, deixando de suprir as demandas de oxigênio e de nutrientes do organismo.
O que provoca a insuficiência cardíaca
Se a pessoa sofre com alguma doença coronária, como um infarto, ou qualquer infecção que lesione o músculo cardíaco e afete a circulação, os riscos de sofrer insuficiência cardíaca aumentam. "Quando o miocárdio é atingido, o órgão passa a se contrair menos e a bombear menos sangue", explica o cardiologista Nelson Hossne Jr. O coração também fica comprometido por fatores de risco bastante conhecidos, como diabetes ou obesidade.
Sintomas e diagnóstico
Os sintomas que sinalizam a insuficiência cardíaca incluem taquicardia, fadiga, dificuldade de respirar ao fazer esforço físico, alta sensibilidade ao frio e crises de tosse ao deitar. A série de inconvenientes é provocada pelo aumento da pressão de líquido na circulação do pulmão. Sinais físicos, como pernas e tornozelos inchados, ou a sensação de que o pescoço ou abdome aumentaram de tamanho também é comum em situações mais graves.
Tratamento
O paciente com insuficiência cardíaca precisa ir a consultas médicas regulares para verificar sua função cardíaca e fazer exames de rotina. Será necessário monitorar a si mesmo, verificando o peso diariamente (aumento de peso pode significar retenção de líquido, o que indica uma piora da insuficiência), tomando as medicações prescritas, limitando o consumo de sal, largando o cigarro e praticando atividades físicas. É importante também descansar sempre que necessário, como após as atividades físicas ou depois das refeições. Mantenha os pés elevados para reduzir o inchaço.
O médico pode prescrever os seguintes medicamentos: inibidores de ECA, para dilatar os vasos sanguíneos e reduzir a carga de trabalho do coração; diuréticos, incluindo, para ajudar a livrar o corpo do líquido e do sal (sódio); glicosídeos digitálicos para ajudar o músculo cardíaco a se contrair de forma adequada e ajudar a tratar alguns distúrbios de arritmia; e bloqueadores do receptor da angiotensina (BRA), para aqueles que têm efeitos colaterais com inibidores de ECA.
Cirurgias e dispositivos
A cirurgia de válvula cardíaca, cirurgia de ponte de safena e angioplastia podem ajudar algumas pessoas com insuficiência cardíaca. Além disso, dispositivos como um marca-passo para ajudar a tratar problemas nos batimentos ou um cardioversor-desfibrilador implantável, que reconhece as arritmias cardíacas e envia um pulso elétrico para detê-las, podem ser usados por pessoas que sofrem de insuficiência cardíaca.
Fonte: Minha Vida
Exercícios podem reduzir risco de internação por insuficiência cardíaca
About author: Bina Buck
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