De fato, quem pedala ou corre em uma avenida dominada por carros vai mandar para dentro do peito uma quantidade maior de compostos tóxicos do que se estivesse apenas andando por ali.
“Durante o exercício, aumenta o volume de ar inspirado e a velocidade com que ele entra nos pulmões. Isso facilita a deposição de poluentes ali”, explica o pneumologista Ubiratan de Paula Santos, do Instituto do Coração de São Paulo.
“O problema é que gases e outras substâncias originárias da queima de combustível podem agredir as vias respiratórias e até cair na circulação”, avisa. Seria um motivo para abandonar a atividade física a céu aberto? Não, senhor(a), a menos que você sofra de asma ou bronquite severa.
“Ainda desconhecemos se essa exposição representa, entre pessoas saudáveis, um maior risco de doenças no futuro”, diz Roberto Stirbulov, presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Na dúvida, convém se manter longe de ambientes entupidos de automóveis ou indústrias — só não vá usar a poluição como desculpa para deixar de se exercitar.
Para fugir da poluição
Nas vias públicas
Evite as avenidas com alto tráfego de veículos ou zonas industriais. Priorize, sempre que possível, as ruas internas dos bairros.
Nos parques
As árvores formam uma barreira contra os poluentes mais sólidos, mas não dão conta do recado se o parque estiver cercado por vias congestionadas. Prefira os espaços mais distantes dos escapamentos.
Nas academias
Em tese, elas se encontram mais vedadas contra a poluição. A maioria dispõe de ar condicionado, mas sua manutenção precisa estar realmente em dia.
Fonte:
Revista Galileu
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