Consumo da sibutramina cai 34,5% no Brasil


A Anvisa aplicou regras mais rígidas para a compra do medicamento no final do ano passado.

O consumo da sibutramina no Brasil caiu 34,5% desde que a resolução proibindo o uso de emagrecedores derivados de anfetamina entrou em vigor, em dezembro do ano passado, apontou um relatório preliminar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre o impacto da medicação no país. 

Editada em outubro de 2011, a resolução determinou a retirada dos emagrecedores anfepramona, femproporex e manzindol do mercado. A decisão foi baseada na insuficiência de dados que comprovassem a eficácia e segurança dos medicamentos. O cancelamento do registro da sibutramina também foi discutido na ocasião. Defensores da proibição do remédio citavam resultados de um estudo europeu que indicava aumento de 16% no risco de enfarte entre pessoas que tomaram o medicamento.

A Anvisa, no entanto, decidiu manter o registro do medicamento, mas com regras mais rígidas para a venda. Com a resolução, o remédio pode ser vendido somente se o paciente for informado pelo médico sobre riscos e contraindicações. Desta forma, um termo de esclarecimento, assinado pelo paciente e pelo médico, passou a ser exigido, sendo que uma das vias têm de ser entregue com a receita médica, entre outras medidas de segurança.

Ainda ficou decidido que a sibutramina ficaria sob monitoramento durante o período de um ano. Dados de reações adversas deveriam ser apresentadas pelas indústrias e médicos.

Efeitos adversos 

Segundo dados da Anvisa, desde dezembro do ano passado, foram registradas 12 notificações de efeitos adversos do remédio - seis deles considerados graves, relacionados a problemas cardiovasculares. "Esse número de efeitos adversos, ainda que preliminar, demonstra que temos que tratar o assunto com bastante cuidado: 50% de casos graves é algo que nos chama a atenção", afirmou o presidente do organismo, Dirceu Barbano.

Fonte: Revista Veja

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