Saiba mais a importância do Treino de Calistenia

Calistenia é antiga técnica para tonificar o corpo, conheça!

São exercícios que usam o peso do corpo como carga e que devem ser precedidos de alongamentos caprichados, de modo a aquecer os músculos e preparar as articulações



Fonte: Street Workout Mazikiai
Talvez você nunca tenha ouvido falar em calistenia. O nome é pouco familiar, mas não a prática. Trata-se daquele tipo de ginástica muito comum em aulas de educação física do ensino médio. São exercícios que usam o peso do corpo como carga (flexões e abdominais, por exemplo), às vezes com o uso de bastões e de música para marcar o ritmo. Essa abordagem foi idealizada pelo suíço Phoktion Heinrich Clias no século 19 e se tornou popular no mundo todo. Hoje, seus princípios estão incorporados a modalidades “modernas”, como o cross fit, o treino funcional e o street workout.

De acordo o educador físico Marcelo Ferreira Miranda, membro do Conselho Federal de Educação Física (Confef), a calistenia foi pensada para homens, mulheres e crianças não atletas. Ao ser introduzida nos EUA, passou a ser sinônimo de ginástica feminina. Porém, não tardou a despertar um interesse mais amplo. “O treino envolvia movimentos rápidos, ritmados e com paradas bruscas, executados ao som de música”, detalha o especialista.

As sessões de calistenia devem ser precedidas de alongamentos caprichados, de modo a aquecer os músculos e preparar as articulações. “Só assim você evita riscos de lesão”, avisa Luiz Otávio, fundador do grupo Calistenia Brasil. Apesar do alerta, a possibilidade de se machucar é inferior à da musculação. “Na calistenia, não existe o perigo da sobrecarga, pois o peso é o da própria pessoa. Além disso, trabalhamos muito o fortalecimento articular”, conta o atleta. Sem aparelhos, a mobilidade é total. “Esse é um grande diferencial: você pode praticá-la na praia, quando estiver viajando. Basta ter força de vontade”, assegura.

Ricardo Cordeiro, membro do Conselho Regional de Educação Física e master trainer em ginástica natural, confirma o bom momento da calistenia no Brasil. Segundo ele, os praticantes buscam treinamentos mais focados no aspecto funcional do que no estético. “Eles estão interessados na utilidade do movimento na vida deles; querem aprender a fazer agachamento total, por exemplo. Isso traz mais autonomia, porque eles aprendem a lidar com o próprio corpo. Não adianta ser forte e não conseguir amarrar os sapatos por não conseguir agachar”, aponta.

De fato, o método tem a vantagem de trabalhar globalmente o corpo. Mas, como toda atividade física, não é milagroso. “Não existem atalhos. É preciso ter uma alimentação saudável, dormir corretamente e treinar da maneira adequada. Mas a calistenia oferece uma vertente motivacional maior, porque cria um desafio pessoal”, reforça Ricardo Cordeiro. Vale lembrar que ela pode ser um treino complementar à musculação convencional.

Fonte:
Portal Uai

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