O acidente vascular cerebral é mais comuns nos homens, mas nas mulheres, costuma ser mais grave. No Brasil, inclusive, o AVC é a maior causa de morte feminina.
Fatores como hipertensão, diabetes, colesterol alto, alimentação ruim, sedentarismo e estresse, por exemplo, podem aumentar muito o risco em ambos os sexos. No entanto, existem fatores que podem ser ainda mais perigosos especialmente para as mulheres, como alertaram o cardiologista Roberto Kalil e o neurologista vascular Alexandre Pieri.
Se a mulher fuma e toma pílula anticoncepcional, por exemplo, o risco pode ser ainda maior – a fumaça do cigarro provoca danos nas artérias do cérebro; e o estrogênio, um dos hormônios da pílula, pode levar à formação de placas nas paredes dos vasos sanguíneos, segundo pesquisas.
O neurologista vascular Alexandre Pieri alerta, porém, que o uso do anticoncepcional isolado sem outros fatores de risco associados não leva a um risco alto de AVC. Por isso, quem precisa tomar pílula deve se preocupar em controlar os outros fatores e cuidar da prevenção, ou seja, não fumar, comer bem e evitar a obesidade. Há ainda algumas fases da vida feminina que podem contribuir, como a gravidez, o pós-parto e a menopausa, como explicaram os médicos.
Na gravidez, um dos principais fatores que aumenta o risco de AVC é a pré-eclâmpsia, doença vascular que atinge o corpo todo. Ao longo do tempo, a doença pode levar a obstruções de vasos sanguíneos e ao enfraquecimento das paredes das artérias, que podem até se romper. Por isso, a mulher que teve esse problema na gestação deve ser acompanhada sempre por um médico. Se ela teve hipertensão durante a gravidez, o risco de hipertensão arterial no futuro também é muito maior.
Além dessas fases da vida, há ainda a depressão, mais comum nas mulheres do que nos homens, que tem sido um grande fator de risco para doenças cardiovasculares e também para um AVC.
Os médicos alertaram ainda que é fundamental saber reconhecer os sintomas de um AVC para levar o paciente imediatamente ao médico, se for o caso. A dica é pedir para a pessoa sorrir - se um lado da boca estiver torto, pode ser um sinal.
Depois, ela precisa estender os dois braços - se um deles cair, também é outro indício. Por último, é preciso pedir para a pessoa falar uma frase simples, como "o céu é azul" - se ela não conseguir completar, é mais um sinal. Nesse caso, é importante levá-la o quanto antes para um hospital.
Fonte:
Site Globo.com
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