Os 7 mitos sobre obesidade

Confira as verdades universais postas abaixo pelos pesquisadores de diversas áreas na “New England Journal of Medicine”.

Um artigo da "New England Journal of Medicine", pôs abaixo sete mitos sobre a obesidade, reunidos na mídia e na literatura científica:

1. Pequenas mudanças na ingestão calórica ou no gasto energético produzem grande perda de peso mantida a longo prazo

A teoria por trás desse mito está na regra das 3.500 calorias, que prega que a redução dessa quantidade de energia na dieta (ou aumento de gasto calórico equivalente) é igual a uma perda de 450 g de peso corporal. Desta forma, uma pessoa que aumenta o gasto energético diário em 100 calorias caminhando 1,6 km por dia, por exemplo, perderia mais de 22,7 kg em cinco anos. Na verdade a perda real de peso neste processo é de apenas 4,5 kg, porque as mudanças na massa corporal alteram a necessidade energética do organismo.

2. Estabelecer metas realistas para perda de peso é importante para evitar a frustração

A hipótese é razoável, mas os estudos científicos mostram que metas ambiciosas estão relacionadas a resultados melhores de emagrecimento.

3. Emagrecimento rápido e acentuado está associado a resultados ruins a longo prazo, como voltar a engordar

Em estudos clínicos, a perda de peso rápida tem sido associada à manutenção do peso menor por mais tempo. Na comparação entre dois grupos seguindo uma dieta de 800 a 1.200 calorias por menos de um ano e por mais de um ano, os que emagreceram rapidamente perderam 16,1% de peso corporal e os demais, 9,7%. Não está claro por que alguns obesos emagrecem mais rapidamente que outros, mas a recomendação de perder peso devagar pode influenciar o sucesso do tratamento.

4. É importante ser avaliado periodicamente durante um programa de emagrecimento

Cinco testes com 3.910 participantes durante nove meses avaliaram as mudanças na dieta periodicamente e mostraram uma perda média de menos de 1 kg, mas nenhum benefício ligado especificamente à vigilância. A explicação dos autores do artigo é simples: pessoas que entram voluntariamente em programas de emagrecimento se dispõem a aderir ao comportamento proposto para a perda de peso.

5. Aulas de Educação Física nas escolas reduzem ou evitam a obesidade infantil

Três estudos diferentes mostram que os efeitos das aulas no Índice de Massa Corporal (IMC) das crianças são inconsistentes e duas análises mostram que os exercícios nas escolas não têm a combinação eficaz de frequência, intensidade e duração para ter efeito na redução do IMC ou na prevalência de obesidade.

6. Amamentação protege contra a obesidade

Esta diretriz da OMS, quando testada em um estudo com 13 mil crianças acompanhadas por mais de seis anos, não foi comprovada, embora a amamentação tenha diversos benefícios para a mãe e para o bebê e não deva ser deixada de lado.

7. Atividade sexual queima entre 100 e 300 calorias

Um homem de 70 kg gasta cerca de 3,5 calorias por minuto nas fases de excitação e orgasmo, o mesmo gasto energético obtido em uma caminhada leve. Como uma relação sexual dura em média 6 minutos, o total gasto é de aproximadamente 21 calorias — menos que uma maçã! Se este homem estivesse assistindo a um jogo de futebol na TV teria gasto 7 calorias.

Fonte:
O Globo

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