Exame genético faz mães encontrarem caminho mais saudável para a perda de peso no pós-parto

Lenita Silva de Paula, 32 anos, diz que nunca foi magra, mas sempre teve que “batalhar” para manter um peso razoavelmente bom. Depois de duas gravidezes – de Manoela, 5 anos, e Gabriela, 6 meses, o ponteiro da balança atingiu seu máximo: 83 Kg. E se engana quem pensa que Lenita abandonou os exercícios físicos durante esse período. Na gravidez de Gabi ela contratou uma personal trainer com quem praticou natação e hidroginástica para ter uma gestação saudável e equilibrada.

Susan Sá, personal especializada em gestantes e em pós-parto, decidiu retomar a rotina de exercícios com Lenita três meses depois do parto de Gabi. Mas pediu que antes ela fizesse um exame genético novo no mercado:o perfil genético metabólico, que mapeia e avalia mais de 15o genes associados ao metabolismo, nutrição e a resposta a exercícios físicos. O exame descobre, entre outras coisas, como o corpo da paciente metaboliza o açúcar, as gorduras, os nutrientes e as vitaminas, dando pistas sobre tendências a compulsões alimentares e sensibilidade ao paladar. O perfil metabólico também dá respostas sobre o potencial de força muscular e sobre como o organismo reage aos diferentes tipos de exercícios e a influência deles no processo de perda de peso.

O exame é simples e feito com uma amostra da saliva do paciente. Um mês depois, o resultado foi “traduzido” por uma médica, Dra. Adah Conti de Freitas, que alertou que todo perfil genético indica tendências e não deve ser utilizado como diagnóstico. “A Lenita tem um genótipo associado a uma maior sensibilidade ao gosto amargo, o que pode fazer com que ela evite vegetais escuros, como o brócolis ou couve e exagere no sal para compensar. Ela também tem uma tendência genética a ter níveis diminuídos de algumas vitaminas, incluindo a B6, B12, D e ácido fólico”, afirma.

“Assim, apesar de existir uma orientação genérica de ingerir uma boa quantidade de legumes e verduras para uma alimentação saudável, a Lenita deve apresentar uma dificuldade maior do que a média de alcançar esse objetivo”, explica. ”Ela também tem um genótipo associado a um comportamento alimentar do tipo compulsivo, assim como uma tendência genética à obesidade. Isto não deve ser visto como uma condenação e sim como um fato a ser levado em conta para a modificação de hábitos”, completa. Em relação a resposta aos exercícios, o exame de Lenita mostrou que ela tem uma “genética privilegiada”, segundo Dra. Adah. “O organismo dela possivelmente irá reagir de forma ótima, até acima da média, a um bom programa de condicionamento físico”, afirma.

Com esses dados super privilegiados em mãos, Susan montou treinamento de Lenita. Se durante a gestação ela fez apenas exercícios na água porque o objetivo não era controle de peso e sim um parto saudável, com o exame em mãos e orientação médica, a personal recalculou a rota. ”Optei por um treino de resistência mais longo e de intensidade moderada, porque assim ela perderia mais gordura corporal”, explica. Já a musculação deixou de ser prioridade, graças também aos resultados dos exames. “Com relação ao treino de força vi que para ela o benefício é menor, pois existe uma chance de ganho em volume de gordura. Então optei por um treino funcional moderado, apenas para sua manutenção muscular”,completa. Lenita comemorou, já que detesta musculação pesada, mas adora uma “corridinha”.

A mãe da Manu e da Gabi se encantou pelo exame: “Eu me senti em um “João Bidu” genético”, brinca, referindo-se ao astrólogo, muito famoso nos anos 80. ”Os resultados comprovaram que não existe possibilidade de perda de peso sem exercício físico para meu tipo genético, porque minha tendência à obesidade é considerada acima da média, o que vai me exigir dedicação dobrada para me manter com um peso saudável”, conta. “Acabei também validando a minha teoria de que tenho muita facilidade em recuperar o peso perdido, o que me afastou definitivamente de dietas mirabolantes ou remédios para a perda de peso”, completa.

Lenita também procurou uma nutricionista, exigência da personal. “Estou fazendo uma dieta balanceada. Privar-me de um determinado tipo de alimento,como já fiz por várias vezes, pode até me fazer perder peso, mas não é o que me trará resultados mais determinantes”. Os frutos de um tratamento tão personalizado já começaram a aparecer. “Perdi 5kgs. Pode parecer pouco perto do que quero. Mas foram 5kgs “conscientes”, baseados em dieta e exercícios. E estou me sentindo motivada para chegar aos 65kgs”, comemora.

A personal trainer também está contente com os resultados. “Sabemos que somos diferentes uns aos outros em relação resposta ao exercício e alimentação. Uma atividade que pode se mostrar excelente para um aluno, não será para outro”, explica. “É muito bom poder fazer um atendimento mais específico e com a ajuda da genética”.

Fonte:
Jornal Estado de São Paulo





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Suco rosa dá mais energia durante exercícios

Combinação de beterraba crua com a laranja, o suco rosa tem feito sucesso entre os praticantes de atividades físicas ao redor do mundo, principalmente porque pesquisas indicaram que a bebida melhora o desempenho físico. Porém, o suco promove uma série de outros benefícios para a saúde, como proteger o cérebro e diminuir a pressão arterial. Saiba quais são eles, como consumir e quais alimentos combinam com o suco rosa.
Melhora o desempenho físico

A beterraba, principal ingrediente do suco rosa, possui um componente que estimula a produção de óxido nítrico no organismo. Uma pesquisa publicada no Journal of Applied Physiolyem agosto de 2013 concluiu que esta substância presente no vegetal ajuda a diminuir a quantidade de oxigênio consumida pelo corpo. Desta maneira, o consumo da beterraba antes dos treinos melhorou o desempenho físico dos oito participantes da pesquisa em até 16%. Durante exercícios severos, o estudo também observou que a absorção de oxigênio continuou menor e que os voluntários demoraram mais tempo para alcançar a exaustão.
Fornece energia

A beterraba é rica em açúcar e carboidratos, por este motivo também pode ser interessante ingerir o suco rosa antes de se exercitar. Estes nutrientes proporcionam a energia necessária para a atividade física e o carboidrato ainda preserva a massa muscular. "O vegetal ainda é fonte de vitaminas do grupo B que são cofatores importantes para transformar o açúcar em energia dentro das células", conta o nutrólogo Roberto Navarro.

Porém, alguns profissionais da saúde não recomendam a beterraba como boa fonte de energia. "O carboidrato da beterraba não é o mais adequado para a suplementação nutricional. Este açúcar não manterá ou melhorará a performance", ressalta o nutricionista do esporte Israel Adolfo.

A ação benéfica dos carboidratos no músculo é indireta. Como eles são a primeira fonte de energia que o nosso corpo busca, quando o nutriente não está presente, o organismo utiliza a proteína. Assim, ela não consegue contribuir para a formação de músculos. A laranja presente no suco rosa também possui boas quantidades de açúcar.
Ação antioxidante

A mistura entre a beterraba e o suco de laranja é uma ótima ideia para os treinos. Isto porque durante a prática de exercícios, ocorre maior circulação de oxigênio no organismo e quando ele chega até a célula parte se oxida, ou seja não pode ser aproveitado. "A vitamina C presente no suco de laranja é um antioxidante. Alguns estudos mostram que os atletas quando não ingerem a vitamina C tendem a ter carência do nutriente porque o utilizam muito para combater a oxidação excessiva", explica Navarro.

A vitamina C presente na laranja também melhora a imunidade e previne doenças cardiovasculares, doenças dos olhos, envelhecimento da pele, fortalece os vasos sanguíneos e regula os níveis de colesterol.

Diminui a pressão arterial

O óxido nítrico, cuja produção é estimulada por um nutriente da beterraba, possui ação vasodilatadora, o que contribui para a diminuição da pressão arterial. Um estudo publicado em 2013 na American Heart Associationcomprovou que a maior quantidade de óxido nítrico está ligada a diminuição da pressão. "Porém, ainda não existem pesquisas relacionando a beterraba com o problema", ressalta Navarro.
Protege o cérebro

Um estudo feito em 2010 com 140 pessoas pela Wake Forest University, nos Estados Unidos, constatou que a beterraba é um ótimo método para proteger os indivíduos do desenvolvimento da demência. O vegetal é rico em flavonoides, especialmente as antocianinas, que são poderosos antioxidantes. "Todos os antioxidantes promovem proteção para o cérebro, pois este órgão sofre muita oxidação", conta Navarro.

As antocianinas também protegem o sistema cardiovascular e melhoram a circulação sanguínea, evitando a retenção de líquidos. Os flavonoides ainda possuem uma ação anti-inflamatória.

Outro nutriente presente na beterraba também pode ser interessante para o cérebro. "O nitrato contido neste legume se transforma em nitrito no organismo. Este nitrito parece ajudar na circulação sanguínea, melhorando a oxigenação cerebral e com isso proporcionando uma melhora da função cerebral", explica a nutricionista do esporte Maria Luisa Bellotto.

Como consumir

O suco pode ser elaborado com meia beterraba e o suco de uma laranja, mas isto irá depender do quanto a pessoa irá se exercitar e do seu peso e tamanho. É interessante que a beterraba esteja crua, assim seus nutrientes são conservados.

Consuma o suco cerca de meia hora ou quinze minutos antes do treino. "A proposta da bebida é para quem irá praticar atividades físicas. Afinal, ele irá fornecer energia que precisará ser queimada. Não faz sentido tomar o suco e ir dormir, por exemplo", diz Navarro. É interessante que o preparo do suco ocorra no momento do consumo. "Assim as pessoas conseguem evitar as perdas de nutrientes", conta Adolfo.

Como a beterraba possui grandes quantidade de açúcar e carboidratos, pessoas com diabetes devem tomar cuidado ao consumir o suco rosa. É interessante consultar o médico sobre a bebida e ingeri-la somente antes do treino.
Como combinar

O suco rosa é uma ótima fonte de carboidratos e açúcares. Porém, também é interessante consumir alimentos ricos em proteínas antes de se exercitar. Isto porque este último nutriente repara as micro lesões que ocorrem como quando se prática atividade física. "É interessante comer também um queijo branco ou iogurte antes do exercício, que são fontes de proteínas", orienta Navarro.

Fonte:
Jornal O nortão



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