Treinador explica a importância de procurar orientação e passar por testes antes de iniciar na corrida

Atire a primeira pedra quem já não ouviu por aí que a corrida é o melhor esporte para queimar a gordura acumulada.

E são muitos os novos atletas que se aventuram no esporte a fim de abandonar o sedentarismo, principalmente após serem diagnosticados com doenças crônicas como hipertensão, diabetes, colesterol e outras.

Quem está acima do peso ou com problemas de saúde deve mais do que qualquer outra pessoa estar atenta ao início das atividades. Caso as atividades não sejam conduzidas corretamente, é provável que os treinos virem um transtorno.

O primeiro passo para o novo atleta, seja com problemas de peso ou não, é passar por uma avaliação corporal, reportando ao profissional todas as suas deficiências físicas e de saúde. Neste primeiro momento, já será possível observar possíveis riscos de lesão em algumas atividades.

Passada esta fase, é hora de responder a um questionário (anamnese), onde o treinador conhecerá o indivíduo, seu nível atlético, hábitos e demais informações. A partir daí, o profissional saberá como montar um treino específico para alcançar os resultados.

Na hora das tarefas, de nada adianta orientar o indivíduo com sobrepeso a calçar o tênis e sair correndo por aí. O ideal para quem está começando é intercalar os treinos com atividades de baixo impacto e intensidade como natação, hidroginástica, bicicleta ergométrica, caminhada ou trote na esteira e no asfalto.

No começo, as dores podem parecer mais incômodas, mas para um ex-sedentário esse é um obstáculo que precisará ser ultrapassado. Com o tempo, alimentação balanceada e empenho nos exercícios, elas não serão tão assustadoras.

A mudança da planilha de treinos vai depender e muito do novo atleta. A frequência nas atividades é que definirá quando poderão ser adicionados os treinos mais intensos como os intervalados, por exemplo.

Com a estratégia montada, exames realizados, dedicação e descanso, o período para encarar sua primeira prova de curta distância pode variar de dois a três meses. Claro, que cada corredor dará uma resposta diferente, mas geralmente este é o tempo necessário para que o corpo se adapte positivamente aos treinos.

Criar uma estratégia não será benéfico apenas para perder peso e participar de uma prova. Com um plano e acompanhamento profissional, o corredor ainda se sentirá mais seguro nas tarefas do dia a dia e estará prevenido contra possíveis lesões. Prova disso, é um estudo norte-americano, que indica que 60% das lesões em corredores podem ser atribuídas aos erros de treinamento.

Fonte: Revista O2

Por: Rodrigo Gianoni *

*Fisiologista da equipe de Voleibol do Santos FC/Andee/Fupes.

Um comentário:

  1. Adorei a matéria!
    Estava começando a correr na rua, mas infelizmente tive que parar por falta de tempo me fazia muito bem.
    Boa semana!
    Beijos

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